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Combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY)

Boa Vista (RR) - Neste sábado (20), as Forças Armadas realizaram mais uma ação significativa de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY) como parte da Operação Catrimani II, coordenada pelo Ministério da Defesa. A missão, denominada "XARAKA II" (flecha, no dialeto Yanomami), foi executada em estreita colaboração com a Casa de Governo em Roraima e contou com a participação de militares do Destacamento de Operações Especiais da Marinha do Brasil (MB) e agentes da Força Nacional.

Os alvos da ação estavam localizados na região de Waikás/RR, aproximadamente 300 km de Boa Vista/RR, no interior da TIY, às margens do Rio Uraricoera. Durante a operação, foram identificados dois garimpos ilegais com 200 kg de cassiterita em sacos e aproximadamente 1 (uma) tonelada do mineral em montes no terreno. Após a ação dos militares e agentes envolvidos na operação, foram destruídos diversos equipamentos utilizados pelos garimpeiros ilegais, incluindo: 10 motores, 1 esteira, 3 geradores, 1 motosserra e 3 motobombas.

Na região de garimpo, estima-se que a infraestrutura básica de acampamento esteja valendo ao menos R$ 30 mil. Já a cassiterita, minério pouco conhecido do público geral, mas de grande valor no mercado de extração e beneficiamento, sendo apelidado de “ouro negro”, possui o valor médio de R$ 56,00 no mercado interno.

Para a execução da ação de desintrusão, combate às organizações criminosas, proteção territorial e repressão de ilícitos ambientais, o Comando Operacional Conjunto Catrimani II empregou uma aeronave H-36 Caracal, da Força Aérea Brasileira, um grupo operativo da Marinha do Brasil, composto por militares Comandos Anfíbios (ComAnf) e Grupamento de Mergulhadores de Combate (GruMEC) da Marinha do Brasil, e militares do Comando de Fronteira Roraima / 7º Batalhão de Infantaria de Selva (C Fron RR / 7º BIS), fração que atuou como Força de Reação localizada no 4º Pelotão Especial de Fronteira (4ºPEF), em Surucucu/RR.

A identificação dos pontos para a realização das ações repressivas foi resultado de um trabalho conjunto entre as Forças Armadas e as agências de inteligência que compõem a Casa de Governo em Roraima. Esse esforço colaborativo tem sido fundamental para o sucesso das operações.

O Subcomandante da Operação Catrimani II, General de Divisão Cláudio Henrique da Silva Plácido, destacou a importância da cooperação entre as diversas forças envolvidas. “Os esforços conjuntos entre as Forças Armadas, as Forças de Segurança e demais agências que atuam na operação de desintrusão resultam em melhores resultados para o objetivo final da Catrimani II. A missão 'XARAKA II' foi mais um passo para desarticular o fluxo logístico do garimpo e neutralizar a infraestrutura que sustenta essa atividade”, afirmou.

As Forças Armadas mantêm uma presença constante e atuante em toda a Amazônia. No entanto, a Operação Catrimani II se destaca por unir os esforços de diversos órgãos, compartilhar conhecimento e ampliar as capacidades singulares de cada instituição envolvida.

COMANDO CONJUNTO CATRIMANI II

A Operação CATRIMANI II é uma ação conjunta entre órgãos de Segurança Pública, Agências e Forças Armadas, em coordenação com a Casa de Governo no Estado de Roraima, no emprego, temporário e episódico, de meios na Terra Indígena Yanomami, em cumprimento à Portaria GM-MD N° 1511, de 26 de março de 2024, que visa agir de modo preventivo e repressivo contra o garimpo ilegal, os ilícitos transfronteiriços e os crimes ambientais.

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